O contrabando de caju, um dos produtos agrícolas mais importantes de Moçambique, está a provocar um rombo significativo nas contas do Estado. Estima-se que o país tenha perdido cerca de 1,5 milhões de euros devido à exportação ilegal deste produto para a Tanzânia, afetando diretamente a economia nacional e o bem-estar da população moçambicana.
Impacto do Contrabando de Caju
O caju é uma fonte crucial de rendimento para milhares de famílias moçambicanas, especialmente nas províncias do norte, gerando empregos e contribuindo para a balança comercial do país. No entanto, o contrabando tem comprometido estes esforços, desviando o produto para mercados informais e privando o Estado das receitas fiscais da exportação legal.
A proximidade com a Tanzânia e a existência de rotas informais facilitam esta prática. Muitos operadores aproveitam a falta de fiscalização em zonas fronteiriças para escoar o caju sem pagar impostos, prejudicando o Estado e desvalorizando o produto local, afetando os produtores que seguem as vias legais.

Consequências para Moçambique
A perda estimada de 1,5 milhões de euros poderia ser investida em saúde, educação ou infraestruturas. Além disso, o contrabando enfraquece a indústria de processamento de caju, que luta para obter matéria-prima suficiente, ameaçando postos de trabalho e desestimulando novos investimentos.
É essencial que as autoridades reforcem a fiscalização nas fronteiras, combatam as redes de contrabando e colaborem com os produtores. A sensibilização da comunidade sobre os prejuízos desta prática é fundamental para proteger o caju como recurso estratégico e garantir que continue a impulsionar o desenvolvimento de Moçambique.
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