O número de mortos no incêndio que destruiu um vasto complexo habitacional em Hong Kong aumentou para 128, segundo confirmaram esta manhã as autoridades locais. Cerca de 200 pessoas continuam desaparecidas, alimentando o receio de que a tragédia ainda esteja longe de ser totalmente contabilizada.
Os bombeiros anunciaram que o fogo, que deflagrou há dois dias, encontra-se finalmente controlado, após longas horas de combate às chamas num dos episódios mais mortíferos registrados na cidade nas últimas décadas.
De acordo com o Chefe de Segurança, Chris Tang, pelo menos 89 corpos permanecem por identificar, e a polícia só deverá entrar nos andares mais afectados nos próximos dias, após a verificação de segurança estrutural. As autoridades admitem que o número de vítimas ainda pode subir.
O incêndio atingiu um complexo residencial construído nos anos 80, composto por oito torres de quase 30 andares, onde viviam cerca de 4.000 pessoas. No momento do desastre, o edifício encontrava-se em obras, envolto em andaimes de bambu e lona verde — materiais que, segundo peritos, funcionaram como um combustível adicional, acelerando a propagação das chamas.
Testemunhas relataram que o fogo se espalhou a vários blocos em menos de 15 minutos, deixando muitos moradores sem qualquer possibilidade de fuga.
A situação tornou-se ainda mais crítica após os primeiros relatos de que os alarmes de incêndio não foram ativados. Posteriormente, o corpo de bombeiros confirmou falhas graves no sistema de segurança de todos os oito edifícios, levantando fortes suspeitas de negligência.
A polícia deteve três homens, ligados à empresa responsável pelas obras, por suspeita de negligência grosseira, depois de terem sido encontrados materiais inflamáveis abandonados no local da construção.
Opinião e Impacto Acrescentado:
Esta tragédia é mais do que um acidente — é um escândalo de segurança pública. O facto de um complexo tão populoso estar em obras com materiais altamente inflamáveis, aliado a um sistema de alarmes inoperacional, revela falhas profundas na fiscalização e na gestão de riscos urbanos em Hong Kong.
Especialistas já apontam que este incêndio pode levar a uma revisão urgente das normas de construção, especialmente no uso de andaimes tradicionais de bambu em obras de grande escala, prática comum mas há muito criticada por oferecer poucos níveis de proteção em casos extremos.
Do ponto de vista humano, o impacto é devastador:
- centenas de famílias desfeitas,
- uma comunidade inteira traumatizada,
- e um sistema de segurança que falhou de forma alarmante.
A pressão pública cresce para que o governo responsabilize todos os envolvidos e implemente reformas imediatas. Esta tragédia torna evidente que muitos dos edifícios antigos precisam de modernização urgente, sobretudo nos sistemas de alarme, ventilação e combate a incêndios.
Hong Kong enfrenta agora não apenas um desastre, mas uma prova de responsabilidade e transparência perante as famílias que perderam tudo.
Se quiser, posso criar também outros títulos, uma versão mais curta ou uma edição mais dura e crítica.
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