Mais de 200 pessoas estão sendo acusadas de traição na Tanzânia depois dos protestos que surgiram após as eleições do dia 29 de Outubro.
Na sexta-feira, pelo menos 100 pessoas foram ao Tribunal de Primeira Instância de Kisutu, em Dar es Salaam, segundo informações da agência AFP. Elas respondem por traição e conspiração para cometer traição em três processos diferentes. Ao todo, há pelo menos 240 acusações.

Segundo os documentos do tribunal, a maioria dos acusados teria tentado “atrapalhar as eleições presidenciais e parlamentares de 2025 e intimidar o governo”.
Os protestos começaram no dia da votação e duraram três dias em várias cidades. A polícia usou gás lacrimogéneo e armas de fogo, e o governo aplicou recolher obrigatório e bloqueou a Internet em todo o país.
Fontes de saúde informaram que pelo menos 150 pessoas morreram em Dar es Salaam. O principal partido de oposição, Chadema, afirma que até mil pessoas podem ter morrido em diferentes regiões, segundo a Human Rights Watch (HRW).

A Ordem dos Advogados da Tanzânia está recolhendo informações de familiares sobre pessoas desaparecidas ou mortas, já que o governo não entregou os corpos. O partido Chadema também disse que a polícia está recolhendo cadáveres de hospitais para “apagar provas”. O vice-presidente do partido, John Heche, que estava detido, foi acusado de terrorismo.
Na segunda-feira, a presidente Samia Suluhu Hassan foi empossada para um mandato de cinco anos, após ter sido declarada vencedora das eleições com 97,66% dos votos. Hassan assumiu a presidência em 2021, após a morte do antecessor John Magufuli.
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