O incêndio devastador que consumiu os edifícios do complexo Wang Fuk Court, em Hong Kong, e deixou pelo menos 128 mortos e cerca de 200 desaparecidos, não é apenas uma tragédia — é um alerta sobre negligência e descuido que poderia ter sido evitado.
Segundo as autoridades, o sistema de alarme de incêndio do complexo não funcionava corretamente. Além disso, moradores haviam feito várias denúncias sobre obras de renovação e o uso inseguro de materiais, especialmente os andaimes de bambu, ainda muito comuns na cidade. Apesar dos alertas, medidas preventivas não foram suficientes.
É revoltante pensar que vidas poderiam ter sido salvas se regras básicas de segurança tivessem sido respeitadas. A tragédia mostra que modernização e fiscalização não podem esperar: cada atraso custa vidas.
A polícia já deteve três funcionários da empresa de manutenção, suspeitos de homicídio voluntário, mas a responsabilidade vai além deles: aponta para falhas sistémicas na regulamentação da construção civil e na fiscalização das obras em Hong Kong.
A cidade, famosa por sua densidade urbana e verticalidade, precisa urgentemente rever suas práticas de segurança, especialmente a substituição de andaimes de bambu por estruturas metálicas mais confiáveis, algo que estava em curso, mas ainda insuficiente.
Esta tragédia deixa uma lição clara: investir em prevenção e fiscalização é sempre mais barato e mais humano do que lidar com o luto de centenas de famílias. O mundo observa, e Hong Kong precisa agir rápido para que nada assim se repita.
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